Não era da ERA mas foi como se fosse. Já era. Descoberta ontem e vendida ainda ontem, segundo o agente imobiliário. Ora bolas, decepcionante. Não era perfeita, senão a frustração seria mais acentuada mas mesmo assim era uma clara candidata. Aqui mesmo ao lado, numa zona da cidade de que gostamos. Com um terraço magnífico. Mas um interior sofrível e a suspeito de demasiado ruído a passar na rua. Pronto, está o assunto arrumado.
O dia acordou cinzento. Penso que não chegou a chover mas durante toda a manhã a ameaça esteve lá. Portanto, ficar em casa. Nas coisas do costume, que até já tenho vergonha de repetir. É ler, e com isto foi acabado o livro de Isabel Allende que me tem deixado entretido nestes dias. E jogar, xadrez e Fortenite. A casa precisa de uma limpeza e arrumação mas hoje não foi o dia, arrastado, nestas coisas.

Foi já depois do almoço que saímos para fazer umas compras, ao Lidl. Nada de especial, uma saída de rotina para logo voltar. Mais descanso e boa vida.
Final da tarde, um passeio mais extenso, a passar pela casa que vimos ontem de manhã. Tenho sentimentos contraditórios sobre aquela parte da cidade. Mais local e castiça, com cafezinhos e supermercados genuinamente de bairro, um bairro onde mesmo com o turismo a bombar não imagino muitos estrangeiros para além daqueles que se dirigirão do Colégio do Espírito Santo, no final da rua do prédio. Mas por outro lado falta-te a monumentalidade destas paragens, daqui onde estou a ficar… não há muralhas daquele lado, nem aqueduto. Veremos.
Foi um bom passeio, numa tarde que se tornou agradável com o passar do tempo. Nada de chuva, bem pelo contrário, foi aparecendo cada vez mais azul no céu. E na rua está uma temperatura mais agradável do que em casa.
Fomos também ao Pingo Doce. Queria comprar umas garrafas de vinho Porta da Ravessa. Agora que sei que é daqui parece que me sabe melhor.
Regressando a casa passámos no largo do Cantinho da Tété e foi impossível resistir. Lá se ficou um bom bocado, o suficiente para despachar duas imperiais, numa esplanada com um ambiente fabuloso, muito local e ao mesmo tempo sereno. O que será que vai resultar das obras que têm estado a decorrer onde antes havia um simpático restaurante? É mesmo ali na porta ao lado, espero que não se estrague o largo.
Com isto já se fazia tarde. Agora queria comprar o Expresso, mas não imaginava que já passando das sete horas ainda fosse encontrar as papelarias abertas. Estavam e desta vez fui à que me interessava, por parecer uma loja tão tradicional, ali junto ao Giraldo.
E foi uma experiência memorável, com o senhor a fazer-me uma tour completa a todas as revistas que me poderiam interessar. Nada escapou, de história, geopolitica e viagens, em inglês, francês e espanhol, e saí de lá com o Expresso e com o Novo Semanário, que saiu hoje para as bancas pela primeira vez. Há que experimentar.
Não se passou mais nada digno de registo neste dia. Um serão um bocado morno como têm sido por aqui. Devo trabalhar para mudar isso. Além de mais agora há cultura a acontecer. Descobri algumas fontes de informação, agendas culturais, que parecem prometedoras.
Ah, ia esquecendo… estive a ler sobre a Sociedade Harmonia Eborense, onde há uns anos passei uma noite de festa memorável. Esteve para fechar, fez uma bem sucedida campanha de fund raising e está de volta, agora que se podem tornar a organizar espectáculos e eventos. Quero ser sócio.







