Dia 24 – Entre Pontos e Colinas

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Numa fase especialmente social desta aventura em Évora estava combinada para hoje uma caminhada com o Zé e a Irene, vindos de Beja na sua autocaravana para nos visitarem aqui.

Foi acordar, sair para comprar um pão para a merenda, voltar a casa, preparar umas sandes e a mochila e sair. A hora combinada eram as 10:30 e depois do encontro, num parque de autocaravanas existente fora das muralhas, junto ao Hospital da Misericórdia, foi sair em direcção a Arraiolos, onde iríamos então fazer a caminhada.

São pouco mais de 20 km, que se fazem bem, por boa estrada. Entrámos dentro da localidade e encontrámos o ponto de início desta Pequena Rota (PR), organizada e mantida pela Câmara Municipal de Arraiolos, chamada de Entre Pontos e Colinas. Ao contrário do que é habitual não tem uma designação numérica.

Os detalhes da caminhada podem ser encontrados aqui, assim como ficheiros para GPS e para o Google Earth e um PDF oficial com informação.

Estava um pouco de frio e um vento algo agressivo, mas imaginei que depois de começar a andar a coisa iria melhorar e de facto assim foi.

O total da caminhada aproximou-se dos 10 km, um pouco mais do que o indicado na ficha técnica, já que por alguma razão estranha o percurso não é circular mas é como se fosse… o caminhante só tem que o completar.

Foi simples, sem incidentes mas com alguns pontos bem interessantes. O primeiro foi um antigo lavadouro, que fomos encontrar pouco tempo depois de iniciarmos a caminhada. Depois passámos junto a superfícies de água, campos floridos. Vimos cavalos e a bonita paisagem alentejana, marcada pela planura e pela presença dos azinheiros.

Parte do passeio faz-se sobre a rota de uma antiga ferrovia, o ramal de Mora, que ligava Évora aquela vila do Alto Alentejo. Há muito que os carris e os travessões foram retirados, e agora é usada para passeios pela natureza. Ainda se encontram vestígios da anterior utilização. Há sinais ferroviários e encontrei alguns dos parafusos gigantes que mantinham as coisas no lugar. Trouxe comigo. Penso fazer algum elemento decorativo com eles, mas ainda não sei bem o quê.

Fez-se uma pausa junto ao um bebedouro para animais, depois de passarmos pela antiga estação de comboios de Arraiolos, hoje um lugar fantasma, encerrado, abandonado, que oferece boas fotografias.

Já a chegar a Ilhas, perto de Arraiolos, passámos junto a uma quinta onde dois simpáticos burritos observavam a nossa passagem. Nunca os tinha visto assim, cabeludos, peludos.

Já na localidade passamos junto à igreja, relativamente moderna, datada de 1973, explorando um pouco as ruas da aldeia, castiça, muito genuína, dotada com uma escola primária agora adoptada pela associação local de caçadores.

De volta a Arraiolos resta chegar ao carro e iniciar o regresso a Évora.

Deixamos o Zé e a Irene na sua autocaravana, com o jantar combinado para a nossa casa mais tarde.

Não houve muito tempo. Relaxei um pouco, dedicado aos meus etreténs do costume e logo lá estavam eles. Supostamente o jantar seria a sopa de grão que tinham preparado, mas fui pondo coisas na mesa… pão alentejano, queijos, presunto, azeitonas, bolachinhas de chocolate e para culminar doses de gelado… e nisto a sopa ficou adiada, para o dia seguinte.

Foi um serão agradável, diferente, social.

 

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