Dia 14 – Alto de São Bento

0
58

Nas imediações de Évora, sensivelmente para oeste, ergue-se o alto de São Bento, uma colina com relevância geológica, onde há muito fermenta um pólo museológico. E digo fermenta porque o visito de vez em quando desde há uns 15 anos e nunca o vi aberto e activo.

Foi aqui que fomos passear neste Domingo, depois de uma manhã muito preguiçosa a descontrair e matar tempo em casa.

Na realidade foi mais do que uma manhã, já que apenas às 16:45 conseguimos chegar ao alto. Ainda se colocou a hipótese de caminhar até lá, seguindo a sugestão de amigos. Mas seriam quase 10 km para a ida e volta, a maioria por estradas asfaltadas, algumas com bastante movimento. Depois passou-me pela ideia apanhar um Uber até ao topo e fazer o caminho de regresso a pé. Não havia nenhum Uber disponível em Évora.

Fomos portanto de carro. O caminho conheco-o bem, inclui uma passagem sob um dos arcos do aqueduto agora conhecido como da Água de Prata, que me recorda a minha primeira visita a Évora, aos 18 ou 19 anos. Vim com um amigo cujo pai era vereador nesta câmara e para ir para casa, que era um monte isolado, passava por aqui e passava a abrir o que exigia uma certa perícia.

Bem, lá em cima um casal fazia um piquenique ao sol. Um grupo de trabalhadores estava envolvido na recuperação de um dos moinhos existentes. Vai ser um centro interpretativo. Espero que passe do plano das intenções como parece ser o caso do tal pólo museológico.

Uma mulher mais velha com ares de estrangeira emerge dos campos passeando o seu cão. Com máscara posta. A medievalidade da crença da pestilência dos ares anda por aqui.

Não ficámos por ali muito tempo. Rapidamente se esgota a contemplação da cidade ao longe e dos detalhes do local, incluindo um painel que aponta no horizonte o que estamos a ver e alguns quadros explicativos da geologia do local.

De volta à cidade a tarde agradável convidava a um passeio. E foi o que aconteceu. Caminhar mais um pouco por ruas que sabia que o André ainda não conhecia, tranquilas, como parece ser a regra ao fim-de-semana.

Acabámos a beber cerveja no Cantinto da Tété, antes de regressar a casa para fechar o dia. Foi curto em actividades mas prazenteiro. Um digno encerramento do primeiro período de duas semanas em Évora. Amanhã vamos ao Algarve tratar de assuntos diversos e por lá pernoitaremos. Começamos a pensar estender a estadia no Alentejo por mais duas semanas.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here