Dia 22 – RIP e SHE

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A maior parte do dia foi passada em casa. Sem história. A culpa, mais uma vez, foi do tempo. Maldito Abril, que já chateia, com as suas águas mil, e quando não as são, é o céu, escuro, desagradável.

Não vou repetir como se passa o meu tempo nesta casa. As mesmas rotinas, de que não me queixo. Ainda não cessaram de me dar prazer. Talvez nunca cessem, até porque me sinto muito bem nesta casa.

Seja como for, um dia inteiro de reclusão seria demais, por isso a meio da tarde, com o clarear do céu, saímos para dar a volta às muralhas. Não é uma volta pequena, são cerca de 5 km, que no caso aumentaram ainda mais porque fizemos um pequeno desvio para visitar o cemitério de Évora.

Antes, porém, uma paragem na Farmácia Central, uma a simpática e competente farmacêutica me vendeu uns comprimidos para ajudar a tratar da tendinite que nestes dias me atormenta o pulso. Vinte e quatro horas depois, quando escrevo estas linhas, estou infinitamente melhor. Boa!

As muralhas estavam como de costume. Antigas e com pessoas que por ali passam, seja nas suas andanças quotidianas seja na sua práctica desportiva.

Logo atravessámos a rua para entrar no cemitério. Tinha um bom pressentimento sobre este cemitério, feito de espreitadelas furtivas dadas nas vezes que passei ali à porta. E confirmou-se, de tal forma que ficou tomada a nota mental para regressar e certamente descobrir outros pormenores.


Apenas uma ou outra pessoa no interior do recinto. Campas antigas, algumas modernas. E umas quantas já com quase duzentos anos. Muitos detalhes, alguma cor a contrastar com o branco característicos dos cemitérios portugueses. E uma particularidade: um mar de flores de plástico, como nunca vi.

Encontrei o talhão dos antigos combatentes e um outro dos bombeiros.

Consegui uma boa série de fotografias com algum interesse. Certamente valeu a pena e ficaram perspectivas para experimentar e detalhes para descobrir. Num outro dia.

O passeio seguiu o seu curso, com alguns improvisos. Não foi a volta rigorosa às muralhas, já que mais à frente fizemos uma incursão a um bairro de vivendas que fica por detrás dos blocos que me fazem lembrar a minha Alvalade, também ele com algumas semelhanças com o bairro de Lisboa.

Entrámos na ecopista, encontrámos uma cache e passámos junto ao Pingo Doce, terminando calmamente o périplo entrando pela porta de Avis. Tudo junto foram 6,2 km. Um belo passeio.

Ao chegar a casa tinha um e-mail da Sociedade Harmonia Eborense. Para aderir como sócio só teria de passar por lá. Perfeito. Já lá vamos. Agora descansar um pouco.

Escadaria interior do edifício da Sociedade

E depois, sim, rumo ao Giraldo para visitar a Sociedade, onde há nove anos tanto me diverti numa noite de arromba. Na entrada o simpático João tratou de tudo e já que ali estávamos aproveitámos para subir, rever aquele espaço icónico, tão atmosférico, e beber uma cerveja na esplanada, lá em cima, no terraço.

Soube muitíssimo bem e foi com um enorme sorriso e boa disposição que regressei a casa, saboreando o passeio.

 

 

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